sexta-feira, 23 de julho de 2010

FACTOS

Os bailes da Ponte eram dos mais frequentados das redondezas. Desde muito pequenos recintos foram evoluindo até chegarem à garagem do Caetaninho. Das instalações mais exíguas estou a recordar uma sala do Joaquim Pereira com menos de 20 metros quadrados e da do Zé Marques da Carvalheira com 40 ou mais, alumiadas a petróleo ou gasómetro e mais tarde a petromax. Os proprietários vendiam café e aguardente no Inverno e refrescos no Verão a fim de angariarem uns tostões para a luz e não só. Para os Músicos faziam-se peditórios ou sorteios. Também os animadores foram diversos do Almeida da Sobreira, mais conhecido pelo Cego da Sobreira, com a sua guitarra e a sua voz, ao Albano barbeiro com a sua flauta, a variados bandolinistas e ao Perna Marota de Paradela com o seu bandolim, acompanhado á viola pelo António dos Santos, também conhecido pelo António da Justina (taxista em Lisboa que devido à carência de gasolina e pneus durante a 2ª Grande Guerra se viu obrigado a recolher a Paradela) à viola que bem dominava e também cantava.


Mais tarde começaram a aparecer os conjuntos e a animação era redobrada. O mais antigo talvez tenha sido a Tuna do Travasso.

Octávio também era um bom animador organizando concursos e danças especiais, como por exemplo as restritas a animais em que as alcunhas é que definiam quem tinha direito a entrar na roda: burros, bichos, pegas, macacos, etc.

1 comentário:

  1. Primo, muitos parabéns pelas narrativas históricas. Maravilhosas. Excelente trabalho. Um beijinho e continua nesta recolha valiosíssima. Estamos todos muito gratos. Beijinho.

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