quarta-feira, 31 de julho de 2013

RENASCIMENTO


Creio que finalmente a P. M. está a renascer. A UNIÃO criada há 26 anos passou por um período de letargia pouco tempo depois. Com a adesão do Quim, que era um leader, reanimou mas por pouco tempo porque em desastre brutal nos deixou. Agora está uma verdadeira união: todos colaboram com entusiasmo, destacando-se o Zé Carlos e o Arlindo. Entretanto as  perspetivas sobre as atividades a desenvolver pelo casal belga são grandes.

Emigrantes


Vários naturais da PM emigraram principalmente para o Brasil. Houve um que foi empregado nos transportes públicos – elétricos ou ónibus (como lá chamam aos autocarros) – em que o registo das passagens vendidas era feito através dum contador de campainha acionado pelo cobrador que acabou por ser despedido porque como, ele dizia, “telim telim, dois para eles e um para mim”!

A maioria tirou rego direito como por exemplo os irmãos Álvaro e António Rosa dos Santos e Álvaro e Manuel Rodrigues.                                                                                                                                

Merece particular destaque o falecido Armando Costa – o Armando Português como era lá conhecido – que deixou uma grande organização no ramo dos acessórios para automóveis. Neto do Adelino Serralheiro, já nosso conhecido, foi empregado do Alípio da Sobreira – bom mestre – e evoluiu muito na vida militar. Seu filho ainda jovem morreu cedo de desastre de automóvel e a irmã, cujo marido foi entretanto assassinado, não conseguiu a continuidade que se esperaria.

Pessoas determinantes

Finalmente consegui mais elementos que me permitem escrever sobre famílias que tiveram a sua influência na história da PM: António Joaquim Coimbra que herdou de seu pai a alcunha de Marinheiro – que foi – foi emigrante em Belém do Pará onde desenvolveu a atividade de leiteiro no tempo em que o gado andava nas ruas e a ordenha era direta para as vasilhas dos clientes. Reuniu pecúlio que lhe permitiu, de regresso às origens edificar uma bela casa e adquirir a Moeda Nova e o Lagar do Rio. Com bastantes propriedades foi pessoa de peso. Pai de 5 filhos que também emigraram: Alfredo para Moçambique onde faleceu deixando 2 filhos, um dos quais médico, que vieram para Portugal; António já nosso conhecido que faleceu em acidente de viação, com uma filha e um filho que, com a mãe, vieram para Portugal, o primeiro dos quais regressou a Moçambique onde viria a morrer em acidente de viação também; Artur que em Manaus – Brasil – foi industrial de transportes fluviais, mudando depois para o Rio de Janeiro onde foi comerciante e faleceu, deixando 25 filhos; Madalena, também nossa conhecida, que esteve uns anos no Rio de Janeiro para depois regressar e tomar a seu cargo a gestão dos bens da família e Lucinda que depois de vários anos em Moçambique se transferiu para os USA e mais tarde regressou tendo sido vítima de doença das que não perdoam.

De menos haveres mas também trabalhadores honestos merecedores de referência seguem as famílias de Germano Nunes de trato irrepreensível, com 5 filhos; António Serra uma simpatia, com 3 filhas e Fernando Dinis de boa relação com um filho e uma filha, que foi combatente da 2ª Grande Guerra no ultramar português, Alípio Cunha, carreiro como se chamava aos trabalhadores que dispunham de uma junta de bois para as fainas da agricultura, que viria a dar lugar aos tratores. O filho António Cunha emigrou para o Brasil donde regressou ainda novo, construiu casa e estabeleceu-se, mas a morte levou-o cedo. Deixou um filho e uma filha.