quinta-feira, 30 de outubro de 2014

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O número de residentes tende a diminuir

Só a instalação de duas família, muito bem integradas e empreendedoras, reduziu em parte a tendência, trata-se das famílias Paredes e Gândaras. Os primeiros mais virados para a agricultura e os segundos para a indústria de manutenção e reparação auto.

Actualização por omissão

Lamentavelmente omiti uma pessoa determinante da PM, que eu conheci. Trata-se do avô do Eng. Coimbra Mano, o conceituado António Joaquim Coimbra mais conhecido como Marinheiro. Era uma pessoa simpática e muito boa conversadora, que usava com frequência uma moleta a que eu achava bastante graça: “Sim, por ventura para o caso”.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


Tive acesso à monografia de São Martinho da Cortiça da autoria do eng. Nogueira Portugal, que revela pesquisa aturada e muito bem documentada.

Foi ótimo porque, para além de confirmar muito do que se havia escrito neste blog, alargou horizontes. A construção da atual ponte foi iniciada em 1298 por Pedro Salgado, tesoureiro de D. Dinis, substituindo a ponte romana, muito mais baixa, que existia a jusante. Refere também que D. Afonso II em 1220 atravessou esta ponte sobre o Alva, citando uma povoação com doze fogos que se crê ser já a Ponte de Mucela. Mais ficamos a saber que a capela local foi benzida em 1739, altura em que já existia uma carreira semanal entre Seia e Coimbra com vinda à segunda e regresso à terça. A região era considerada muito pobre.

Evidencia também a retirada dos franceses em 1811 e o corte da ponte para a dificultar. Mais refere a razia feita pelos franceses que queimaram (casas, olivais e vinhas), roubaram(gados, viveres e roupas), violaram, assassinaram(vinte homens, dezasseis mulheres e três crianças) e destruíram a capela.

A Ponte de Mucela foi também muito fustigada entre 1828 e 1839, durante a guerra civil entre liberais e absolutistas, em que os Brandões tiveram ação preponderante.

Nos cabocos da casa do padre Eduardo Rodrigues em princípios do século 20 foram encontrados morabitinos de ouro do tempo de D. Sancho I.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

RENASCIMENTO


Creio que finalmente a P. M. está a renascer. A UNIÃO criada há 26 anos passou por um período de letargia pouco tempo depois. Com a adesão do Quim, que era um leader, reanimou mas por pouco tempo porque em desastre brutal nos deixou. Agora está uma verdadeira união: todos colaboram com entusiasmo, destacando-se o Zé Carlos e o Arlindo. Entretanto as  perspetivas sobre as atividades a desenvolver pelo casal belga são grandes.

Emigrantes


Vários naturais da PM emigraram principalmente para o Brasil. Houve um que foi empregado nos transportes públicos – elétricos ou ónibus (como lá chamam aos autocarros) – em que o registo das passagens vendidas era feito através dum contador de campainha acionado pelo cobrador que acabou por ser despedido porque como, ele dizia, “telim telim, dois para eles e um para mim”!

A maioria tirou rego direito como por exemplo os irmãos Álvaro e António Rosa dos Santos e Álvaro e Manuel Rodrigues.                                                                                                                                

Merece particular destaque o falecido Armando Costa – o Armando Português como era lá conhecido – que deixou uma grande organização no ramo dos acessórios para automóveis. Neto do Adelino Serralheiro, já nosso conhecido, foi empregado do Alípio da Sobreira – bom mestre – e evoluiu muito na vida militar. Seu filho ainda jovem morreu cedo de desastre de automóvel e a irmã, cujo marido foi entretanto assassinado, não conseguiu a continuidade que se esperaria.

Pessoas determinantes

Finalmente consegui mais elementos que me permitem escrever sobre famílias que tiveram a sua influência na história da PM: António Joaquim Coimbra que herdou de seu pai a alcunha de Marinheiro – que foi – foi emigrante em Belém do Pará onde desenvolveu a atividade de leiteiro no tempo em que o gado andava nas ruas e a ordenha era direta para as vasilhas dos clientes. Reuniu pecúlio que lhe permitiu, de regresso às origens edificar uma bela casa e adquirir a Moeda Nova e o Lagar do Rio. Com bastantes propriedades foi pessoa de peso. Pai de 5 filhos que também emigraram: Alfredo para Moçambique onde faleceu deixando 2 filhos, um dos quais médico, que vieram para Portugal; António já nosso conhecido que faleceu em acidente de viação, com uma filha e um filho que, com a mãe, vieram para Portugal, o primeiro dos quais regressou a Moçambique onde viria a morrer em acidente de viação também; Artur que em Manaus – Brasil – foi industrial de transportes fluviais, mudando depois para o Rio de Janeiro onde foi comerciante e faleceu, deixando 25 filhos; Madalena, também nossa conhecida, que esteve uns anos no Rio de Janeiro para depois regressar e tomar a seu cargo a gestão dos bens da família e Lucinda que depois de vários anos em Moçambique se transferiu para os USA e mais tarde regressou tendo sido vítima de doença das que não perdoam.

De menos haveres mas também trabalhadores honestos merecedores de referência seguem as famílias de Germano Nunes de trato irrepreensível, com 5 filhos; António Serra uma simpatia, com 3 filhas e Fernando Dinis de boa relação com um filho e uma filha, que foi combatente da 2ª Grande Guerra no ultramar português, Alípio Cunha, carreiro como se chamava aos trabalhadores que dispunham de uma junta de bois para as fainas da agricultura, que viria a dar lugar aos tratores. O filho António Cunha emigrou para o Brasil donde regressou ainda novo, construiu casa e estabeleceu-se, mas a morte levou-o cedo. Deixou um filho e uma filha.